Bullying Homofóbico - como proteger os seus filhos

Por Raquel António, Psicóloga e Investigadora, membro da No Bully Portugal

20/07/2019 

Blog "Famílias No Bully"

Error. Your form has not been submittedEmoji
This is what the server says:
There must be an @ at the beginning.
I will retry
Reply

O que é o bullying homofóbico?

A prática do bullying abrange diversas idades, rapazes e raparigas e várias formas de expressão, sendo uma delas a homofobia. A homofobia envolve crenças negativas, atitudes, estereótipos e comportamentos para com gays e lésbicas, como irritar, ameaçar ou importunar. Pode, para alguns, resultar do medo de eles próprios serem homossexuais ou de que os outros pensem que estes o são. 

O comportamento de bullying homofóbico pode ser expresso em relação a gays e lésbicas, mas também a heterossexuais, ou seja, também existem estudantes heterossexuais que podem ser vítimas de homofobia, não pela sua orientação sexual, mas porque são percebidos como sendo diferentes das expectativas tradicionais do papel de género masculino ou feminino. 

Como se manifesta?

As experiências negativas reportadas por estudantes LGBT englobam, sobremaneira, o bullying, a longo termo e repetidamente. Estudos sugerem ainda que o bullying homofóbico é mais severo relativamente ao bullying em geral e menos credibilizado do que as outras formas de bullying, pelos professores e outros adultos. 

Dados de um estudo feito com jovens portugueses revelaram que a maioria dos estudantes já assistiu a episódios de bullying homofóbico contra estudantes que são ou são percebidos como lésbicas, gays ou bissexuais. Prevalece a violência psicológica, os comportamentos de agressão são desvalorizados e poucos são os que intervêm quando assistem a estes tipos de agressão. 

Que consequências pode ter nos jovens que o sofrem?

Falta de auto-estima e auto-confiança, isolamento, desconcentração, ansiedade, depressão, desempenho escolar fraco e fobia à escola são alguns exemplos das consequências do bullying homofóbico. Existe também uma forte ligação entre uma orientação sexual minoritária e o suicídio. Jovens que são minorias sexuais têm maior probabilidade de cometerem suicídio, tentativas de suicídio e ideação suicida, sendo que jovens homossexuais têm duas a três vezes mais probabilidade de cometer suicídio que jovens heterossexuais. 

Quão importante é o papel da família?

Vários estudos indicam que há um papel importante dos suportes parental e social na forma como os jovens experienciam as consequências de episódios stressantes na escola, como o bullying homofóbico. Os estudantes LGBT estão associados, por norma, a baixos níveis, não só de suporte parental, como de suporte social, sendo que a maioria dos jovens tem medo de revelar a sua orientação sexual à família. 

O papel da família é fundamental na prevenção e resposta ao bullying homofóbico. 

Como qualquer outra forma de bullying, o bullying homofóbico pode ser extremamente angustiante para o/a jovem e pode afetar sua confiança e auto-estima. É importante reconhecer os sinais que avisam que o seu filho ou a sua filha está a ser vítima de bullying. A maioria dos jovens tem dificuldade em revelar que está a ser vítima de bullying homofóbico, pelo que é muito importante que deem aos filhos e às filhas tempo e espaço para conversar sobre estas questões. 

Da mesma forma, ser vítima de bullying homofóbico não significa que o seu filho ou a sua filha é homossexual ou bissexual. É fundamental que os jovens sintam que os pais os respeitam e apoiam, independentemente da sua orientação sexual ou identidade de género. O suporte parental, aliado a redes formais ou informais de suporte social para as vítimas de bullying homofóbico, podem diminuir a ocorrência destas situações e atenuar as suas consequências! 

  • redes sociais

  • email

    geral@nobully.pt
  • Localidade

    Lisboa
Make your website with
Unicorn Platform Badge icon