A UNESCO aprovou uma nova definição mais inclusiva de bullying escolar, que vai além da agressão individual e se torna um processo social prejudicial.
Essa definição destaca o bullying como um comportamento interpessoal indesejado e repetido, impulsionado por desequilíbrios de poder vinculados a normas sociais e institucionais dentro da escola e da comunidade em geral, que causa danos físicos, sociais e emocionais aos indivíduos e à comunidade escolar.
Principais aspectos da nova definição:
Se estás a lidar com o bullying, este diário vai ajudar-te a ultrapassá-lo ❤️ Já nas livrarias!
Em cada situação de bullying, as pessoas envolvidas desempenham certos papéis. Estes podem manter-se ao longo do tempo ou mudar.
Quem sofre o bullying.
Podem precisar de ajuda a aprender a responder ou de proteção, até que os bullies parem.
Podem ter danos físicos, depressão, ansiedade, transtornos alimentares, vergonha extrema e tendências suicidas.
Quem pratica o bullying.
Procuram ter poder sobre os colegas e protagonismo no grupo.
Precisam de ajuda para alterar a sua atitude, para evitar que leve a absentismo escolar, abuso de drogas, violência no namoro e abuso sexual.
Quem dá força os bullies.
Não são quem faz o bullying, mas apoiam o bully, ao rir-se com ele. Procuram aceitação do grupo ou proteção.
Pode levar a absentismo escolar, abuso de drogas, depressão e ansiedade.
Quem assiste ao bullying.
Estas pessoas permitem que o bullying continue ao serem passivos, por medo ou desinteresse.
Pode levar também a absentismo escolar, abuso de drogas, depressão e ansiedade.
Quem apoia e defende os alvos.
Dão apoio aos alvos, denunciam o bullying e fazem frente aos bullies, por sentirem empatia por quem está a sofrer e serem corajosos.
Pode levar a maior auto-confiança, aprendizagem e competências sociais.
Artigo de Inês Freire de Andrade
Blog Famílias No Bully
A maior parte do bullying acontece entre os 2º e 3º ciclos do ensino básico.
Os tipos mais comuns são o bullying verbal e social.1
O bullying geralmente envolve grupos que se apoiam mutuamente de modo a intimidar outros.
Raramente é uma simples interação entre duas pessoas. 2
Muitas vezes as experiências de bullying dos jovens e a perceção dos adultos são diferentes.
Adicionalmente, os adultos tendem a não saber como agir mesmo reconhecendo situações de bullying.3
Há uma crescente consciencialização do problema do bullying, o que pode levar alguns a acreditar que o bullying está a aumentar.
No entanto, estudos sugerem que as taxas de bullying podem estar a diminuir. O que temos a certeza é que os níveis são muito mais altos do que gostaríamos, e que é necessário trabalhar para os reduzir!
Sabemos que o bullying pode ser doloroso e difícil de dar a volta. Estamos cá para a sua família! Durante 5 semanas, podem juntar-se a outras famílias nesta situação e receber formação e apoio para enfrentar o bullying.